sábado, 23 de agosto de 2014

Cacharrel


Ah! Minha cacharrel vívida de cor!
Continha vários triângulos coloridos
Traz o sorriso ao rosto desvanecido
Ah! Minha cacharrel!
Que falta me faz!
Em cada triângulo
Esconde a triste infância
Da criança reprimida....deprimida!
Desejava o sorriso de sua mãe!
Alheio... seu pai nunca realçou o dia da menina!
Que vestia a mais colorida cacharrel!
Todas as cores se perderam
Na escuridão dos anos
Onde restou a face triste
E emoldurada pelo tempo
Da criança amortecida.
Eliene Ferreira

Clamor!

                                
A lágrima úmida
Escorre pelo rosto traumatizado
Em seu clamor...de dor!
Não sensibiliza o endurecido
Semblante do desalento.
Face a face com seu íntimo
No se reconhece... Transmuta!
É a escuridão do ser envolvendo
O espírito em angústia.
Desconhecido e tão familiar
Dualidade de sentimentos!
Como dói o descaso
Com o ser encarcerado
Em um deserto de emoções
Sem Oásis...sem sol!
Um ardor... um clamor
De experimentar a vida
Sem dor!
 Eliene Ferreira

Pegadas


A onda do mar
Arrebenta na areia
Deixa toda sua fúria
Deslizar sobre as carícias
Da areia a brilhar.
Mar e terra se misturam... Aquecem-se!
Composição de intrigante mistura
Mas de suave amabilidade
Onda e areia se amam... Completam-se!
E deixam beira-mar pronta para receber
As pegadas dos apaixonados pelo sol.

Eliene Ferreira