segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Desdém



Brumadinho! Bruma lamacenta.
Nevoeiro denso...Limo.
Lava...leva...Vale!
O vale do Córrego do Feijão
Foi alagado...arrastado.
A argila tornou-se lápide
Dos que não Vale.
Vasa da Vale...Que não Vale!
O Caldo de barro
Cobriu sonhos...soterrou pessoas.
Enterrou a dignidade do ser.
E a Vale? Que nada Vale!
Nem os mortos irá sepultar.
Seu descaso ceifou vidas...Que nada Vale!
As lágrimas enlameadas do país
Escorre na face brejosa da pátria.
Eliene Ferreira

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Insignificância



Como posso ser eu
Se não me sinto!
Como ser eu?!
Se a criança que habitou
Idosa se tornou...envelheceu.
E não amanheceu...
Como ser eu...
Se o crepúsculo fez morada...
Se não sinto!
Transcendi e não existi eu.
como ser eu...
Se a poeira cósmica
Cintila em outra galáxia
Como ser eu!?
Se não pertenço a mim.
Eliene Ferreira