segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Ser

                                                                                                                                                                                      imagem da internet


Seja livre como os pássaros

Seja leve como as borboletas

Seja luz como o sol

Seja a paz do azul do céu

Seja fotossíntese da vida frente a morte

Seja o cantar do pássaro em dia nublado

Seja a chuva na terra seca

Seja o sorriso no rosto fragilizado

Seja doação diante a carência

Seja amor face ao desamor

Seja esperança em dias duvidosos

Seja generoso frente o egoísmo

Seja semente em terra infecunda

Seja compreensão diante a cólera

Seja água fresca sobre os incêndios de emoções

Seja a caridade necessária no mundo

Seja a libertação das endemias da alma

Liberte-se para sentir!

E será sentido.

Eliene Ferreira


sexta-feira, 10 de abril de 2020

Corônide


Lágrimas abrem o vasto rastro da morte.
Lágrimas de mães…de filhos…da família
Lágrimas do rico...do pobre…da sociedade
Lágrimas do Oriente…do Ocidente....dos Continentes.
Lágrimas do pai que carrega seu pai moribundo.
Lágrimas do médico!
Que enxugou as últimas lágrimas da religiosa.
Lágrimas do motorista de caminhão
Ao assistir sua cidade em lágrimas pelos parentes.
Lágrimas da professora ao saber que seu aluno
Agora virou número na trágica estatística.
Lágrimas que fazem o planeta emudecer…. Chorar!
Lágrimas....que sufocam…asfixiam!
Lágrimas que trazem a aflição da morte.
Lágrimas que não comove o Covid-19…Vírus!
Homem....sufocado...engasgado…Edema pulmonar!
Libera as tristes lágrimas da morte…agoniza…e eterniza!
Em sua lápide sobre a cornija sua corona…vírus!
Eliene Ferreira

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Desdém



Brumadinho! Bruma lamacenta.
Nevoeiro denso...Limo.
Lava...leva...Vale!
O vale do Córrego do Feijão
Foi alagado...arrastado.
A argila tornou-se lápide
Dos que não Vale.
Vasa da Vale...Que não Vale!
O Caldo de barro
Cobriu sonhos...soterrou pessoas.
Enterrou a dignidade do ser.
E a Vale? Que nada Vale!
Nem os mortos irá sepultar.
Seu descaso ceifou vidas...Que nada Vale!
As lágrimas enlameadas do país
Escorre na face brejosa da pátria.
Eliene Ferreira

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Insignificância



Como posso ser eu
Se não me sinto!
Como ser eu?!
Se a criança que habitou
Idosa se tornou...envelheceu.
E não amanheceu...
Como ser eu...
Se o crepúsculo fez morada...
Se não sinto!
Transcendi e não existi eu.
como ser eu...
Se a poeira cósmica
Cintila em outra galáxia
Como ser eu!?
Se não pertenço a mim.
Eliene Ferreira

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Resiliência


Sério...houve o Césio-137?
O descaso ceifou vidas
Da princesinha do Cerrado.
O desuso sem responsabilidade
Causou vítimas...mortes!
Sério!? Houve o Césio-137?
Césio tirou da vida...existência.
A menina Leide...Estrelinha Azul!
Ingeriu a luminosidade radiante...transcendeu!
Leide sem nobreza morreu no desdém.
Mazela dos governantes…Labéu dos políticos!
Que levam vidas para o beleléu.
Não há Leis que apaguem o “Brilho da Morte”.
Não há compromisso com os agonizantes
Do Césio...Sério!? Houve o Césio-137?
Irradiação que limitou a ação
Dos que dela se aproximou!
Goiânia chora as vítimas do Césio
Desde de 1987....E Célio nem sábia do Césio!
Lágrimas azuis...vermelhas....negras.
São as marcas das vítimas do Césio-137.
Sério! Houve o Césio-137?!
Eliene Ferreira

domingo, 9 de julho de 2017

Espera-ança!



Fui feto...e cuidado com afeto.
Quando bebê fui...
Chorava por não saber falar.
Fui criança...arteira!
Fui super-herói...fui artista...inventor...cientista.
Quando criança fui...
O futuro era algo distante.
Quando adolescente fui...
Estudei...namorei...a vida era ilimitada.
Quando adulto fui...
O presente me apresentou o amor.
Fui provedor de uma família.
Assim, fui pai....mãe!
Quando velho fui....
Desfigurado...fragilizado...acamado...
Abandonado me tornei.
Quando partir....
Espero ser lembrado.
Eliene Ferreira

domingo, 25 de junho de 2017

Sabores

                                                                                                   imagem internet


Cerrado...Cerradinho...Cerradão
Tem fruta de montão.
O Maurício gosta do Murici.
Sua vovó faz deliciosas geleias.
Em outubro temos a Cagaita
Onde Carlita faz sorvete de palito.
Passávamos por frondosa árvore
E minha mãe disse Araticum...Araticum
Gritei saúde...saúde!
Todos riram…não era atchimmm....atchimmm.
O que era então?
Delicioso fruto do Cerrado.
Que nome estranho...indaguei!
Minha me disse que havia outras...
Mangaba...Mama-cadela....Pera-do-Campo.
Nossa! Tanta fruta do Cerrado.
E eu conhecia somente o Pequi...que tinha aqui.
Chegamos na fazenda de Barão
Que gosta de pé-de-moleque de Baru.
Baru...outra fruta exótica.
Eita! Cerrado maravilhoso.
Buriti...Bacupari-do-Cerado.
E eu me senti Bacuri
Fora da Amazônia
.
Eliene Ferreira