Folha à deriva, sobre as águas
barco sem rumo, sem porto.
Folha leve, de fragilidade
estrutural.
Impulsionada, impelida pela brisa
da vida.
Percorre correntezas, sem bote
salva-vida.
Em noites nebulosas busca pelo
farol
fixado na sólida ilha das emoções.
Tornados, tormentas, testam a folha
à deriva.
Sustenta-se no corrimão da razão.
Folha quebradiça, lançada a sorte.
Em mar aberto contempla
a constelação de momentos vividos.
Ah, folha seca!
Por que soltastes das raízes que te
sustentas?
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